quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Palavras do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da quarta reunião ministerial de 2010


Palácio do Planalto, 04 de novembro de 2010
Bem, companheiros, nós vamos começar a nossa – não sei se a última ou se a penúltima reunião ministerial. Certamente, se não houver mais reunião, haverá no final do ano um almoço ou um jantar de despedida. Não sei se vocês sabem que todos vocês terão de me entregar o cargo no final do ano, que nós precisamos deixar esta mesa livre para que a nossa futura Presidenta possa reconstruir os personagens que vão compor esta reunião.
Mas eu penso que esta reunião é uma reunião para que a gente tome como decisão, aqui, o tipo de trabalho que nós vamos ter que fazer até o dia 31 [de dezembro], não só na conclusão das coisas que nós temos em cada Ministério, que foram determinadas como prioridade por vocês e pelo governo, sobretudo aquelas medidas que são de caráter interministerial, que envolvem muitos ministros, que é preciso que haja, por parte da Casa Civil, uma coordenação para saber por que as coisas não estão andando com a gente imaginava que devessem andar. E, ao mesmo tempo, pedir para vocês trabalharem com muito carinho para ajudar no processo de transição. Depois aqui, o Carlos Eduardo vai dar aqui uma explicação para vocês; a Miriam, que está ali atrás, a Maya...
Nós precisamos facilitar todo o processo de informação que o novo governo precisar do atual governo. Vai ser constituída a Comissão de Transição e, portanto, embora a gente tenha a Casa Civil como coordenadora desse processo, que está previsto no Decreto, o dado concreto é que pode ser que a Comissão de Transição queira conversar com ministros, individualmente, da área econômica, do Planejamento, e é importante que a gente esteja disponível para atender e criar todas as facilidades possíveis para a transição ser a mais tranquila e transparente possível, não é?
Bem, esta reunião de hoje, companheiros, tem um assunto que é sempre pertinente, que é a questão da situação econômica mundial e, consequentemente, do Brasil. Eu estou viajando com o companheiro Guido na próxima semana. Eu viajarei na segunda-feira, eu vou a Maputo, primeiro em Moçambique, junto com a Saúde, junto com a Educação – a Previdência já está lá – para concluir alguns acordos que nós temos com Moçambique, e depois nós vamos a Seul participar da reunião do G-20. E o grande problema que nós temos hoje na economia mundial é a guerra cambial estabelecida, sobretudo entre países como Coreia, Estados Unidos, China. Então, nós vamos estar lá com o objetivo de discutir esse assunto.

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