segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

No Crato, chuva de 162mm quebra e secciona Canal do Rio Grangeiro que fica irrecuperável

Gazeta de Notícias - 31 de janeiro de 2010 - 16h - “O presidente da SAAEC - Sociedade Anônima de Água e Esgoto do Crato, engenheiro Procópio da Silveira, vai ao Ministério das Cidades e ao Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, em Brasília, para apresentar tecnicamente a situação do canal do Rio Grangeiro e reivindicar recursos para sua recuperação e ampliação. O canal que é desaguadouro pluvial dos pés de serra e desembocadura dos esgotos da cidade, vem há anos em eminente perigo com probabilidade de grave rompimento inundando parte do centro comercial da cidade.
Antevendo os fatos, com os riscos de rompimento, o prefeito Samuel Araripe mandou uma empresa especializada estudar todo o percurso do canal e demarcar os locais que precisam de urgentes reparos, delimitar o trecho que deverá ser ampliado e elaborando um minucioso projeto técnico e financeiro para as obras.
Todo o projeto de recuperação e ampliação da extensa passagem do Rio Grangeiro pelo perímetro urbano do Crato precisa de um investimento na ordem de R$ 22 milhões.
O Rio Grangeiro, no período chuvoso é circunstancialmente um perigo para a população pele prenúncio de inundação das ruas ribeirinhas – centro da cidade -, no tempo seco é um esgoto aberto, por onde passam materiais fecais e toda água servida da cidade exalando odores desagradáveis. Nesse trecho o Rio Grangeiro é transformado num gigantesco esgoto e vai ter sua esgotadura no Rio Salgado, a partir do município de Juazeiro do Norte, até lançar os dejetos no Rio Jaguaribe na cidade de Ico.”
Este texto foi produzido antes das pesadas e rápidas chuvas que caíram, na madrugada de sábado – 29 de janeiro, na cidade e nos pés de serra do Crato. Não foi uma “tragédia anunciada” como muitos saíram propalando aos sete ventos, como se fossem videntes ou profetas. Em toda grande chuva na encosta da Serra do Araripe foi normal por décadas o arrombamento em alguma parte do canal, desta feita as chuvas foram além dos limites toleráveis e o mal projetado canal foi rompido em vários lugares.
Não há mais como remendá-lo, pelos inúmeros trechos quebrados, sob pena de ficar uma colcha de retalhos e sem sustentação, mesmo para chuvas moderadas. A voz geral de quantos curiosos que foram ver de perto a catástrofe é de que todo o canal deve ser refeito dentro de um projeto muito bem elaborado e compatível com o crescente e revolto volume de águas pluviais provindas dos córregos e riachos existentes nas vertentes do Rio Grangeiro.
Não houve vítimas fatais, nem ninguém saiu ferido, os prejuízos foram materiais e recuperáveis. O prefeito Samuel Araripe, que anteviu o acontecimento – mas em proporções mínimas, esteve visitando os locais afetados pelas águas, e cuidando para dar assistência aos desabrigados e executando obras emergenciais de limpeza das ruas e contenções dos trechos quebrados do canal.
Qual o aporte financeiro para a construção total do Canal do Rio Grangeiro no trecho que vai da ponte na Avenida Perimetral Thomaz Osterne de Alencar a ponte na Avenida José Horácio Pequeno? R$ 100 milhões? De onde proverão esses recursos?
O momento é de um “pacto de cidadãos” suprapartidários, com sentido único para fazer pleito junto aos governos estadual e federal e demarcar: a dimensão, o trabalho e a meta, para em 2012 este canal estar pronto e disponível somente para ás águas pluviais. Os esgotos e as águas servidas da cidade serão canalizados por emissários que correram paralelos ao canal.

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