Presidenta Dilma, que mensagem a senhora deixa para todos os brasileiros e brasileiras neste final de ano? (*)
Presidenta
Dilma: Inicialmente, quero ressaltar que, graças ao
esforço de todos, o país termina o ano melhor do que começou. Temos motivos
também para esperar um 2014 ainda melhor que 2013. As dificuldades que
enfrentamos, aqui dentro e lá fora, não foram capazes de interromper o ciclo
positivo que tem garantido a melhoria da vida de todos, a cada ano. Somos um
dos raros países do mundo em que o nível de vida da população não recuou em
meio a uma das mais graves crises
internacionais de todos os tempos. Por isso, sinto
alegria de poder tranquilizar os brasileiros dizendo que em 2014 o seu padrão
de vida vai ser ainda melhor. Sem risco de desemprego, em condições de abrir
sua empresa ou ampliar o seu próprio negócio. Convido todos a refletirem sobre
o que aconteceu de positivo nos últimos anos na vida do Brasil, na sua vida
pessoal e na vida de sua família, e a projetarem isso de forma ampliada para os
próximos anos. Esta é a melhor bússola para navegar neste novo Brasil.
Quero
lembrar também que, em 2013, continuamos nossa luta vigorosa em defesa do
emprego e da valorização do salário do trabalhador. Estamos com uma das menores
taxas de desemprego do mundo e continuamos nossa luta constante contra a
carestia. Após alguns problemas localizados neste ano, chegamos a um ponto de
equilíbrio que garante a tranquilidade do planejamento das famílias e das
empresas. Nisso, o governo teve uma ação firme, atuou nos gastos e garantiu o
equilíbrio fiscal, atuou na redução de impostos e da conta de luz. Nesses dois
últimos casos, enfrentou duras críticas daqueles que não se preocupam com o
bolso da população. Neste ano, o Brasil apoiou como nunca o empreendedor
individual, o pequeno e o médio empresários, diminuindo impostos, reduzindo a
burocracia e facilitando o crédito. Viabilizamos a exploração do pré-sal,
garantindo a destinação de seus fabulosos recursos para a educação e a saúde.
No
caso da saúde, o Mais Médicos foi um dos destaques. Hoje, temos 6.658 novos
médicos em 2.177 cidades beneficiando cerca de 23 milhões de pessoas. Em março,
serão 13 mil médicos e mais de 45 milhões de brasileiros e brasileiras
beneficiados. Na área da educação, redobramos os esforços para garantir mais
vagas e mais qualidade em todos os níveis de ensino, aumentando o número de
creches e escolas de tempo integral, de universidades e escolas técnicas, e
consolidando programas como o Pronatec e o Ciência Sem Fronteiras. Continuamos
nosso esforço para oferecer moradia para os mais pobres e para a classe média.
E o Minha Casa, Minha Vida transformou-se no mais exitoso programa desse gênero
no mundo. Reforçamos o programa Brasil Sem Miséria e estamos a um passo de
acabar com a pobreza absoluta em todo o território nacional. Defendemos uma
reforma política que amplie os canais de participação popular e dê maior
legitimidade à representação política. Não abrimos mão, em nenhum momento, de
levar o combate à corrupção em todos os níveis. E temos apoiado nossas
populações tradicionais, em especial os grupos indígenas e os quilombolas. Tenho
também um imenso orgulho do programa Viver Sem Limites, que leva oportunidades
e cidadania para as pessoas com deficiência. Em suma, não deixamos em nenhum
momento de lutar em favor de todos os brasileiros, em especial dos que mais
precisam. Com um olhar muito especial para os jovens, para as mulheres e para
os negros. O Brasil será do tamanho que quisermos. Se imaginarmos um país justo
e grande e lutarmos por isso, assim o teremos.
O
mesmo raciocínio se aplica à economia. Em toda economia sempre haverá algo por
fazer, algo a corrigir. Por isso, temos que agir sempre de forma produtiva e
positiva tentando buscar soluções e não ampliar os problemas. Se alguns
setores, seja porque motivo for, instilarem desconfiança, especialmente
desconfiança injustificada, a guerra psicológica poderá inibir investimentos e
retardar iniciativas. O governo está atento e firme em seu compromisso de lutar
contra a inflação e de manter o equilíbrio das contas públicas. Temos segurança
para dizer que o Brasil tem passado, tem presente e tem muito futuro. Por isso,
desejo um ano novo cheio de felicidade e prosperidade para vocês e de muito
progresso e justiça social para o Brasil.
(*) Esta pergunta, que precede a Mensagem, foi formulada pela
Secretaria de Imprensa para melhor entendimento do conteúdo.